segunda-feira, 27 de maio de 2013

Keep Walking

Eu vejo a vida, enquanto existência de um indivíduo, como sendo algo maquineísta (de máquina mesmo, não confundir com Maniqueísmo). Veja, dizem de viver de amor, de sexo, de dinheiro, de música, de... tanta coisa. Mas não, pra mim você vive de sustentar teu corpo. Sendo o corpo uma máquina, ela consome energia e você precisa repor essa energia de alguma forma. Com comida, praticamente. Por isso eu não entendo essas meninas que vivem de dieta e conseguem passar um dia com duas refeições que constituem em uma folha de alface cada. Isso está errado e a sua máquina não está sendo energicamente bem reposta.

Mas isso é o básico. Uma pessoa vive só de comida, sim, mas o mundo em que vivemos não permite apenas isso. O mundo do homem das cavernas, sim. Ele saía para caçar e depois de um tempo abandonou o nomadismo e começou a criar em casa suas carnes e plantas. O homem, enquanto ser humano, foi se acomodando. Criou-se a propriedade privada, a troca de bens, uma sociedade de consumo, uma coisinha chamada dinheiro e deu no que deu.


Hoje você pode criar a sua carne e os seus vegetais, mas ainda assim não é suficiente. Você precisa pagar contas de casa, água, luz, gás, etc. Não diria que é impossível viver como um homem das cavernas, mas digo que seria impossível viver como tal num ambiente urbano. O que nós fazemos aqui é cultivar números impressos em papel. E esses números se transformam em comida, casa, conforto.

Chegamos, assim, ao segundo ponto de manutenção de um corpo humano: você precisa de energia, que obtém de comida, e também, claro, ao dormir. Dormir bem ajuda a recarregar as pilhas, mas até isso custa dinheiro. Sem contar o ciclo sem fim que dormir dá fome e comer dá sono. Mas paralelo a isso você precisa de um trabalho para manter as comidas e as boas noites. E trabalho é algo que ocupa muito do tempo de um indivíduo, a ponto dele precisar procurar em outras atividades algo que lhe repare o que as horas semanais de trabalho lhe corroeram. Então as pessoas fazem esportes, tocam música, bebem, jogam, fumam. Tudo isso para manter o bom funcionamento do corpo, enquanto máquina como um todo e enquanto o cérebro como sendo uma outra máquina que também necessita de cuidados especiais.

Assim, as pessoas se mantém vivas, salvo alguma fatalidade, e os dias vão passando, as 24h cada vez mais curtas e tão rotineiras que as semanas, meses e anos vão se passando e ninguém percebe. Eu mesmo entrei nessa já faz uns dois anos e não me dou conta do tempo que passa. Simplesmente quando me dou conta já é ano novo. De novo.

Eis um sentido pra vida. Mantenha vivo. Keep Walking.



-G-
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