Eu gosto de
escrever. Pudera, estou fazendo isso agora mesmo. Existe aquela máxima “escrever é
fácil, você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto”. Não se sabe
a paternidade dessa citação, já vi gentilicarem ela desde Neil Gaiman a Saramago.
Tudo bem, vá lá, sejamos reducionistas e com isso incentivar quem gostaria de
começar agora. É tão simples, afinal.
Ao
escrever para a internet – afinal você quer ser lido, o ego do seu eu-lírico é
algo a ser psicanalisado – você pode descobrir que existem diversos concursos
literários, com inscrição pela internet e grátis. Ora, é uma baita vitrine. Ainda
que alguns desses concursos sejam questionáveis, do tipo que não dá uma data de
entrega de resultados, o que te faz buscar diariamente até descobrir que o
concurso fora cancelado. Mas ei, é de graça e ninguém te deve nada pelo seu
esforço. Você o fez pela arte, né? Achei que não.
Com
isso, os concursos mais populares possivelmente são os de poesia. Poesia é
fácil, é curto, hoje nem precisa mais rimar. Escanção, quem liga? Até que vem o
conflito: se por um lado existe a facilidade de escrever qualquer coisa, bem
como do próprio gênero em questão, de outro existe lirismo. E isso não tem como
ser ensinado. Por mais pós-moderna que seja a poesia, alguns elementos fazem dela
incríveis: além da rima, inclua ritmo e faça mágica com metáfora, analogias,
figuras de linguagem, neologismos. Complicou.