Nessa dia de hoje, 13 de julho, é
comemorado anualmente o Dia Mundial do Rock. Como tudo na vida tem um motivo, o
13/07 também o tem: foi nessa data, no ano de 1985, que foi realizado o Live
Aid, evento produzido por Bob Geldof (que interpreta o protagonista de nome
Pink no filme The Wall, do Pink Floyd) e que tinha como meta angariar dinheiro
para os famintos da Etiópia. O evento contou com várias bandas, arrecadou milhões
de libras, visto que foi um evento inglês, e foi transmitido pelo mundo
inteiro. Entre os artistas do line up estão umas ou outras bandinhas ou artistas
de que alguém já deve ter ouvido falar, como Status Quo, Elvis Costello, Phil
Collins, U2, Dire Straits, Queen, David Bowie, The Who, Elton John, B. B. King,
The Beach Boys, Eric Clapton, e por aí vai.
Tudo muito bom, muito bonito. Uma causa
para a qual lutar. Não vou fazer aqui uma análise antropológica sobre o que o
evento quis dizer, até porque eu não teria condições, e nem colhões, para tal. Vim
mesmo é pra falar de róque.
Ah, o róquen rôu, tinha 14 anos quando
ganhei a minha primeira camisa de banda, do Iron Maiden. Eu não escutava a
banda na época, e pensei: “oras, não vou usar algo que não conheço”. Fui ouvir
e cá estou, escrevendo sobre o assunto. Não que eu tenha lá muita bagagem para
isso, mas eu gosto de acreditar que ir bem no Song Pop em categorias
relacionadas me dê algum embasamento.
Eu sempre penso que tudo tem uma origem. E
se a gente for pesquisar a origem de várias coisas que hoje podem ser banais,
elas muito provavelmente não o eram nos primórdios. Por exemplo, o rock veio do
blues. E o blues veio... de onde? A Wikipédia diz que veio da África, com
origens estilísticas “Negro Spirituals,
Canções de Trabalho, Folk”. Eu pessoalmente não me dou por satisfeito com
uma explicação tão rasa quanto essa, mas tudo bem, é o suficiente para fazermos
o link social da coisa.
Estados Unidos da América, final do século
XIX, sul. Isso te faz lembrar alguma coisa? Qualquer coisa? Divisão norte-sul
americana, o norte liberalista, solo livre, trabalho livre, homem livre; em
oposição ao pensamento do sul, onde a escravatura ainda era muito forte,
contando com a presença de escravos negros. Eis aí o seu link.
Viu como é importante aula de história? |
Houve guerras, um período de transição, o
Abraham Lincoln abolindo a escravatura, essas coisas todas que a gente aprende
nas aulas de História e/ou no The History Channel. Ser escravo alforriado
não era fácil, tanto lá como cá. Eles não eram mais explorados mas nem por isso quer dizer que não sofriam devido suas condições precárias impostas por uma
falta de estrutura e Bolsa-Família. Tudo muito triste, tudo muito ruim. E o que
fazer? Bora chorar as pitangas numa guita.
Mentira, o blues do começo não era tocado
com guitarras elétricas. Amplificadores, pedais de distorção, calças coloridas,
cabelos compridos, tudo isso viria MUITO depois. O assim considerado avô do
rock é o Robert Johnson, que fez o estilo ganhar notoriedade, envolvendo polêmicas e assuntos ligados ao ocultismo e entidades do
além.
"Oh mininu lindu!" |
À época obviamente que não existiam
videoclipes, mas fica aqui uma gravação dele da famosa Sweet Home Chicago, que teve várias regravações, inclusive pelo Eric Clapton:
Após conquistar uma carreira de sucesso
galopante, Johnson foi o primeiro a entrar no rol de rockstars mortos aos 27
anos, lista essa que contém nomes (que você deveria saber) tais como Hendrix,
Joplin, Cobain, Morrison, Jones. Diz a lenda que para obter tal sucesso,
Johnson se encontrou com o diabo numa encruzilhada e este lhe afinou o violão.
E a causa de sua morte também ainda é um mistério, dizem dele estar num quarto
de hotel, passando muito mal, de quatro, dizendo coisas sem sentido e aí...
morreu.
Qual a graça da vida sem um mito ou outro,
né?
Daí pra frente muita coisa aconteceu.
Houve sim outros grandes músicos negros de blues (o pai do rock é um negro, seu
racista de merda!), e até uma invenção caucasiana para agradar aos racistas da
época: Elvis Presley. Vieram tecnologias, guitarras elétricas, amplificadores,
distorções. O rock migrou para a ex-metrópole que uma vez controlou a colônia
americana, a Inglaterra, e de lá saíram grandes artistas, estilos musicais e
movimentos sociais, como o Punk e que Deus Salve a Rainha.
Não vou me estender nesse texto para não
ficar maçante. Só quis mesmo comentar o porquê do 13 de julho e de onde veio
esse tal de Rock And Roll. Hoje é dia de colocar aquela sua camisa de banda
desbotada e ouvir sua banda favorita. Rock On!
Fica aqui também um vídeo com um mash-up fantástico de várias músicas famosas do estilo róquem rôu:
-G-
P.S.: aqui tem um mapa do rock
para os iniciantes. Cuidado pra não se perder nas encruzilhadas: http://migre.me/9QVrn
P.S.2: ótimo console
P.S.3: este aqui é um mapa
interativo do metal. Tem muitos nomes de bandas, vídeos, qual estilo que está
ligado a outro. Enfim, dá pra perder uma tarde estudando o site: http://migre.me/9QVqE
P.S.4: Aqui segue alguns itens
que eu recomendo para quem gostaria de se aprofundar mais no assunto:
- Biografias: Clapton, Richards,
Osbourne, e por aí vai
-Filme:
“Metal: a Headbanger’s Journey” - http://migre.me/9QVoq
“Global Metal” - http://migre.me/9QVnI
“Metal: a Headbanger’s Journey” - http://migre.me/9QVoq
“Global Metal” - http://migre.me/9QVnI
P.S.5: Por fim, uma página com um pouco da história
das guitarras. Vale a pena pelas fotos -
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário