terça-feira, 25 de setembro de 2012

Ted

    Primeiramente, este texto não é uma resenha do filme, o qual, aliás, eu ainda não vi. Vi apenas os comentários em cima dele e toda a repercussão causada quando um certo deputado levou seu pequeno filho Juan para ver a obra do ursinho falante.



    Ontem mesmo começou o bafafá do excelentíssimo, dizendo que ficou abismado com o longametragem, que não era aquilo que ele esperava. O melhor ainda veio de uma declaração de hoje, onde ele diz que "As crianças que veem as ilustrações todas querem assistir ao filme, porque tem um urso falante. Qual adulto quer ver um filme sobre um urso falante?". Eu quero!

    Explico: Ted pode ser, à primeira vista, um filme bonitinho e fofo, afinal tem o ursinho que interage com o seu dono desde a infância até a fase adulta. E é aí que entra o humor politicamente incorreto e o grande erro do político que levou seu pequeno. Ele não tinha ideia, por exemplo, de que a faixa etária é de 16 anos. E o próprio órgão governamental que cuida de classificar etariamente diz os porquês: consumo de drogas, sexualidade, etc etc. Continua errando ao ver o pôster do filme, onde está escrito bem grande: "Dos mesmos criadores de Family Guy". Ele é tão fechado no seu mundinho que teria reparado, se esperto fosse, que o seriado acima citado não é do tipo que faz humor que agrade à classe mais conservadora.



    Ele queria censurar o filme, agora quer aumentar a faixa etária para 18 anos. Quer fazer o que for possível, pois se sentiu lesado. A ele e a seu pequeno filho Juan. O que mereceria censura, aliás, deveria ser essa cabecinha minúscula que não consegue compreender ficção. Não gosto de drogas, não acho bonito consumirem, mas o contexto do filme traz esse paradoxo que no fim das contas acaba se tornando genial justamente por unir dois lados tão distantes: um bonitinho e o outro condenável pela sociedade caretona. Oras, apesar de tudo, ele deveria se informar antes de vir falando groselha. E se não gostou, se achava que de algum modo ficasse ofendido, que não visse. Ninguém é obrigado a ver aquilo que não quer exceto o horário eleitoral gratuito, onde a única saída é a de desligar a tv.
    Por mais que se façam críticas ao filme, no fim das contas serve mais pra fazer imagem do que para prejudicá-lo. Quem errou foi o Protógenes.
    P.S.: o filme tem a Mila Kunis, GATA, ME LIGA!


-G-
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