quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Fones

    Os fones de ouvido são sempre presentes. Onde vai, onde volta, lá estão eles, pendurados pelo pescoço. Não seria nem questão de serem headphones, eles são legais, mas convenhamos que não é prático andar com um trambolhão daquele debaixo do queixo. Já os fones de ouvido são duas coisinhas que a gente coloca logo na entrada do canal auditivo e se desliga do mundo.

    Desligar do mundo. Vai ver é por isso mesmo que eles estão ali sempre à disposição. Na menor possibilidade é só erguê-los a seus respectivos ouvidos e está feito. Tem gente que tem necessidade de se desligar do mundo e muitos são os métodos de se conseguir. Música, leitura, jogos, drogas. Mentira, não dá pra desligar do mundo completamente. Voltando ao tema, dá apenas pra fazer trilha sonora para este mundo que se vive e não nos deixa fugir dele. Existem músicas e músicas; e gostos e gostos. Não cabe aqui falar sobre eles, mas todo mundo tem seu estilo preferido para andar a pé, andar de carro, correr, pegar o ônibus circular, escrever um texto pro seu próprio blogue, enfim.

    Até pra comer. Comer? Pera lá, é capaz de as coisas estarem saindo do limite do aceitável. Diz aí uma música ou banda ou estilo musical para se ouvir enquanto come. Pois então, é um tanto quanto inusitado pensar em algo assim. Talvez seja a explicação de não existir mesmo um limite musical.

    O horário de refeição, segundo se constata em restaurantes universitários ou não, tem de tudo para ser um tempo de socializar. Seja com conhecidos de fora, ou de dentro, dali da hora mesmo. Isso fica pros mais saidinhos, assim como praqueles que deixam fluir uma interação enquanto se mastiga sobre a bandeja. Mas o nosso protagonista, não. Ele tem seus fones de ouvido. Inseparáveis. Insocializáveis.


-G-
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