domingo, 21 de abril de 2013

A Morte do Demônio (Evil Dead)

     Não costumo comentar filmes por aqui. Na verdade, recentemente, não costumo comentar muita coisa, pelos motivos mais adversos.

     Mas esse filme merece.

     Merece porque é bom.

     O que por si só já é um feito muito raro de se acontecer porque o que mais se vê por aí, em se tratando de filme de terror, é filme ruim, sem nexo, sem roteiro. Alguns até tentam ser bons, mas em algum momento, decepcionam. Semanas atrás eu até iria comentar sobre outra estreia de que gostei bastante também, o Mama. Acabei não fazendo, mas neste de agora eu me vejo necessitado de fazê-lo.

Seems Legit
[contém spoilers, mas não muito, prometo]

     O filme começa num tempo passado, um lugar, um porão de uma casa, onde uma menina aparece amarrada a uma madeira. É necessário lhe tacar fogo. O filme explica, existem três meios de se fazer um exorcismo: ou você queima a pessoa, ou a enterra viva ou a esquarteja.

     Fim do memento.

     Presente. Um grupo de jovens se reúne ADIVINHA ONDE?! Sim, na cabana. Sim, um deles é possuído. Sim, isso vai dar uma merda muito grande. Mas ao contrário da maioria dos reviews que você leu ou lerá nessas internetes, não vim comentar roteiro, atores, não vou dizer o que acontece ou o que deixa de acontecer. 

     Vou só trazer as coisas que achei mais impressionantes no filme, num geral.

     Eu daria nota 10/10 ao filme pois ele tem um rol de qualidades: ele é violento, explícito, doentio, demoníaco, tem reviravoltas quando menos se espera, tem sangue, ossos quebrando pra fora e jorrando sangue... e mais do que tudo: ele tem nexo! Ao contrário dos filmes de terror que nós, pessoas que vamos atrás deles, estamos acostumados a ver, ele tem sentido e não tem sacanagem (nem peitinhos) e nem personagens idiotas. Apenas não dá tempo de sê-lo.

Talvez apenas o cara que lê o livro e invoca o demônio, esse sim.

Sério mesmo que você continuaria lindo um livro com essas coisas escritas?

      A partir do momento que o demônio possui a menina, ele promete: "eu pegarei todos vocês um a um". De fato, tendo um elenco de cinco pessoas, alguns deles vão mesmo perecer pelo caminho... a questão está em COMO isso acontece. E eis aí bons motivos para se ver o filme. E, havendo uma luta do bem contra o mal, do tipo possuída contra não-possuídos, em alguma hora isso chega ao fim. Ou não. Ou você acha que chegou e BUM, aparece mais um problema a ser resolvido. 

     O que resulta disso tudo eu não digo, o objetivo desse texto é apenas instigar a pessoa que gosta de filmes de terror e que raramente consegue algo que realmente o agrade.


    Vou justificar essa frase com algumas fotos que achei pela internet.

É isso aqui que chamam de arte conceitual, produção?

QUE DELÍCIA, CARA! (é um estilete)


666 maggot from hell \,,/

Tenha um bom dia.

     Considero esse como sendo um mix de duas séries clássicas de filmes do gênero: na minha humilde ignorância, vejo esse filme uma mistura de O Exorcista com Jogos Mortais. A última foto aqui acima, da menina decepando um braço, é, as pessoas realmente dão o sangue para tentar sobreviver. Faz lembrar o mote do Jigsaw: "quanto sangue você daria para continuar vivo?". A própria experiência de possessão demoníaca na menina que quer parar com as drogas também faz lembrar a série de filmes do serial killer. No fim, se prova sendo como uma prova que ela precisa(ria) passar para continuar viva.

     A própria questão do livro, e agora vou viajar, pule o parágrafo se quiser, a questão do livro me fez pensar como o objeto pode ser algo tão poderoso. Por exemplo, quando o pessoal encontra o livro, ele está encapado com plástico e coberto com arame farpado. Não era pra ninguém abrir aquilo por motivos óbvios. E mesmo que você não abrisse, só pelo formato você deduz do que se trata (mesmo o livro já tendo aparecido na cena inicial de flashback, mas mesmo assim). O que não é um livro senão algo prático de se levar para onde quiser e, para fazer uso deste, basta apenas abri-lo e decifrá-lo. Só isso, qual é a grande dificuldade em se abrir um livro? Nenhuma. Interpretá-lo até pode ser um problema, mas isso é uma questão de linguagem. O que eu questiono aqui é a importância do objeto livro e como ele pode mudar algo ou alguém apenas por sê-lo. Não, não estou falando dessas frases prontas do Facebook do Skoob, apenas na praticidade de decodificar muita informação que pode estar contida em algo tão pequeno e prático (salvo exceções, quanto mais informação, menos prático é um livro). E eu nem entro na questão de tecnologias portáteis, como notebooks, tablets, smartphones... cada vez mais as informações estão à nossa disposição e isso pode ser um problema. Talvez um dia eu venha a escrever sobre.

     Enfim, isso tudo é algo que me peguei pensando entre uma cena sanguinolenta e outra. O objeto livro é muito importante na trama. E até mesmo fora dela. Ou deveria ser. Quantos livros você lê por ano? Bom,  talvez até tenha mais pra dizer, talvez eu nem tenha dito tudo o que pensei, e nem do jeito correto (ou apenas menos pior). Mas é o que me veio agora. Eu preciso mesmo começar a ir ao cinema com algo pra anotar, porque olha...



-G-
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