segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Mais uma sobre o sentido da vida

    São muitos os possíveis sentidos da vida, se é que existe algum que seja perfeito, ou ainda, se é que existe a possibilidade de se encontrar algum. Por ser algo tão fascinante é inadmissível a falta de uma motivação. Entre tantos outros estão aqueles que dizem que o sentido é perpetuar a espécie, ou ter bons momentos enquanto se vive ou se relacionar fisicamente o máximo possível com outras pessoas, do sexo oposto ou do mesmo. Ou nenhuma dessas. Pois bem, havendo a possibilidade de existirem tantas definições vou colocar mais uma: o sentido da vida é ter lembranças. O que é o homem senão um amontoado delas?

São tantas emoções definições
    Veja, o passado é reconfortante, é seguro; pelo motivo que ele é estático. Já passou, ficou pra trás, não tem como mexer. As memórias, boas e ruins, estão todas lá. Até mesmo algo que antes parecia terrível, como um fim de relacionamento, depois que passa não dói tanto como na hora, embora não deixe de ecoar pro resto da vida de algumas pessoas. Lá atrás está todo o caminho que seguimos pra chegarmos no que se é hoje, bom e ruim, importante ou não. As lembranças são o cinzel que lapida ao longo de todas as vidas o mármore do existir.

    Não vou negar, a TV estava no Vídeo Show que falava sobre a estreia da nova novela das 18h, Boogie Oogie, que se passa nos tempos das discotecas dos anos 70. Foi num tom de muito saudosismo, de pessoas que viveram aquela época e que hoje se lembram dela com alegria. Uma vez eu li que a última década marcante, com propriedades intrínsecas, foi a de 90, depois dela tudo se perdeu, virou pós-moderno e sem identidade. Eu penso quais lembranças nós vamos levar adiante pelo fato de vivermos nessa época de agora pós-anos 2000. Não é possível que não se leve nada, mesmo que você viva trancado em casa dentro da internet já é um tipo de vivência que gera memória. Eu só me questiono se ela seria tão relevante como foi, em se tratando de Brasil, a jovem guarda dos anos 60, as discotecas dos anos 70, as cores dos anos 80 e o começo do fim com a quebra de paradigmas dos anos 90. Quem sabe daqui 20, 30, 40 anos o meu eu volte a esse mesmo texto e escreva uma réplica, uma conversa de mim comigo mesmo para que eu possa avaliar o quanto acumulei de memória nesse meio tempo.

    Até lá, segue uma frase que pensei enquanto assistia ao programa:

    Seja a lembrança que você quer ter.



-G-
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