quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Flappy Bird e os jogos de smartphone

    A indústria de jogos para smartphones tem crescido vertiginosamente nos últimos anos. Dentre os mais viciantes que crack estão Angry Birds, Candy Crush, e a bola da vez: Flappy Bird.

    Agora, o texto começa a ficar pessoal.

    Pois, baixei e fui jogar. De fato, simples e viciante. Mas como todo jogo, nada é impossível e tudo é uma questão de pegar jeito. Eu que jogo faz muito tempo consegui pegar, mas vejo muita gente reclamando que não consegue passar de 5, 10 canos. Não sei quanto essas pessoas jogaram ao longo da vida, e acho que talvez haja uma relação de causalidade nisso tudo.

    Então eu, que nunca fui de jogar no meu Android porque ele não é lá muito potente (é um Xperia U), fui atrás de outros jogos só para ver como ele se saía. E então, eu resolvi vir escrever esse texto.

    Os modernosos que me perdoem, mas eu ainda sou retrógrado e careta ao pensar que a gente precisa de um console de video-game para jogar. Claro, você pode quebrar uns galhos no PC, no smartphone e no tablet, mas eles nunca serão consoles de video-game. Pelo simples fato: num console, você nunca corre o risco de tentar jogar e a sua máquina não ter capacidade para rodar. Você nunca vai ter o jogo travando por falta de memória RAM. Você nunca corre o risco de não ter os requisitos mínimos para jogar.

    Imagina a situação "Ora, parece ser bom esse novo jogo tal, mas será que ele roda no meu PS4? Não sei, deixa eu ver aqui, placa de vídeo, placa de som, memória ram...".

    Sem contar o câncer dos jogos de celular e tablet: as propagandas.

    O que eu percebi é que todo jogo tem propaganda. Umas mais invasivas, outras menos. Umas de vez em quando, outras a toda hora. Baixei um de sudoku que tem um banner superior piscando ao longo da resolução. Diz, quem consegue se concentrar com isso? Se for para ser assim, prefiro o das revistas Coquetel. 

    É assim, você baixa de graça e corre o risco de o jogo rodar ou não. Se ele rodar, pode ser que rode bem ou não. E além disso, você ainda é obrigado a ver propagandas. É o preço a se pagar por um jogo de graça. Ou seja, não tem como fugir, você vai ter de gastar de qualquer jeito, seja: i) comprando uma versão sem propagandas, ii) comprando um aparelho melhor, iii) comprando um console, iv) comprando jogos para o console, v) pagando uma internet para baixar os jogos, em caso de desbloqueio, vi) desbloqueando o console, e até mesmo vii) jogando em rede, sem contar viii) fazendo upgrade todo ano no seu PC porque os jogos cada vez exigem uma máquina mais potente.

    Poderia entrar, ainda, na discussão sobre o que é ser um jogo/jogador hardcore ou não, mas todo mundo é tão seguro de que só si é quem tem razão, e as opiniões divergem tanto, que eu nem vou entrar no assunto, pelo bem da sanidade virtual desse post.

    Eu só acho que as pessoas deveriam jogar mais e cagar menos regra.

    E na semana que vem, traremos um especial sobre comentaristas de app store! Quem são, onde vivem, por que fazem avaliação ANTES de baixar e escrevem "estou baixando, quando eu terminar eu avalio"? Sexta, no Globo-RepórteRR0R.

Update:

   Aí sempre tem aquele que diz:

   "mas você é trouxa por preferir consoles e mídias físicas, no PC, via Steam, é muito mais barato". Às vezes o conceito de barato não é assim tão óbvio porque você gasta para deixar o computador atualizado para rodar tranquilamente os jogos. Se contar que, em se tratando de mídia virtual, seja no PC ou no smartphone/tablet, se você comprar uma dessas é capaz de que não rode sem você saber que não rodaria. E aí você não tem o que fazer. Até mesmo nas lojas virtuais dos consoles, se você não gostar do jogo que comprou, não tem o que fazer, por exemplo, vender para uma outra pessoa (no Mercado Livre).

   "mas se for para comprar original é caro e não dá para comprar muitos". Tem gente que não tem tanto tempo quanto gostaria para gastar com jogos, então comprar menos não é um problema. Taí um exemplo: emuladores. Você pode baixar um de, digamos, Super Nintendo e um arquivo zipado com todas as ROMs do console. Dessas, se você chegar ao final de duas já é muita coisa. Eu digo que: não adianta ter a biblioteca inteira de um console, a gente dificilmente vai jogar inteira.

   Eu sou chato mesmo, eu preciso de controles e botões para apertar, de designs que se renovam (e se copiam) a cada geração. Jogar por Kinect ou com o mesmo teclado que você usa no dia a dia, isso não me entra na cabeça. Tudo bem, se explica, eu sou o mesmo que não aceita livro virtual. Desculpa, Darwin, mas eu não consigo me adaptar.



-G-
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